segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Próxima experiência: Ibirapuera


Como parte das atividades do Curso de Especialização em Ecologia, Arte e Sustentabilidade - Arte na Rua, promovido pela UMAPAZ e o Instituto de Artes da UNESP, o Mapa Xilográfico desembarca no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.

Vivamos mais este coletivo...

Que frutifique...

2 comentários:

  1. mais um brinde à confraternização, idéias novas e intercambio cultural.
    Abraço a todos.

    Renato Ribeiro

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  2. OS CHEIROS!
    ESTELA E RENATA

    Os cheiros nos fizeram notar o quanto, através deles, podemos obter informações sobre um espaço. Como estamos cada vez mais reféns da visão, o sentido olfatório fica cada dia mais (se aposentando, eu substituiria por distanciado, mas se você preferir manter o verbo, seria aposentado, o gerúndio aqui não tá muito correto Rê) e nos esquecemos do quanto é bom sentir o “cheiro do mundo”, embora muitas vezes ele não seja agradável, noutras nos traz excelentes sensações, como neste pequeno relato sobre nossa “deriva” pelo Viveiro Manequinho Lopes e Parque Ibirapuera.
    No viveiro, encontramos uma flor tão pequena e bela, mas em contrapartida com um cheiro forte e adocicado. Esta flor, conhecida popularmente como jasmim-do-imperador, lembra o cheiro de uma laranja e dá vontade de comê-la. Continuando a caminhada pelo parque, nos deparamos com “coquinhos” caídos de uma palmeira, provalvemente bicados pelos pássaros. Pegamos um coquinho, de cor laranja, que apresentava um cheiro de madeira, um pouquinho doce, lembrando macaúba. Tivemos a sensação de cheiro de “fibras”.
    Nos encaminhamos para a grande árvore do viveiro, o ceboleiro. Tínhamos curiosidade de saber se o mesmo tinha algum cheiro especial. Aquele tronco enorme é muito convidativo. Cheiramos em várias partes, todavia identificamos somente um cheiro de madeira normal.
    Continuando a caminhada nos deparamos com uma planta conhecida no popular por alho social, pois exala cheiro de alho. Ao lado, vimos uma planta desconhecida que, ao friccionarmos sua folha, exalou um cheiro cítrico, forte, azedo, tipo limão, que encheu a boca d´água.
    Já adentrando o parque Ibirapuera, nos deparamos novamente com o jasmim-do-imperador. Caminhamos pelas folhas secas, que possuem um cheiro de folhas, meio ervas. Passou um homem correndo por nós com um perfume bem masculino, lembrando cheiro de bicho.
    Depois desta experiência com odores agradáveis fomos para uma lixeira orgânica, cujo cheiro lembrava coisas podres e aí nos chamou a atenção o piso de cerâmica que há logo após a serraria. Nos agachamos para cheirar o piso, que possui um cheiro de terra queimada, cozida. Voltando para a UMAPAZ nos deparamos com o cravo, com um cheiro bem de roça e a camélia, cujo cheiro é bem adocicado.
    Ficamos felizes, apesar das dificuldades em sentir os cheiros, nos deparamos com odores muito característicos da flora e percebemos o quanto estes perfumes indiretamente são responsáveis pelo encantamento que a paisagem natural nos provoca.

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